COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

HOJE É DIA INTERAMERICANO DE RELAÇÕES PÚBLICAS! COMEMOREMOS!

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De uns tempos para cá, na imprensa brasileira, geral e de negócios, o termo RP (ou “PR”, do original em inglês) tem aparecido em seu significado correto, para além do antigo cacoete de relacionar o errepê com brindes, festas e blindagem à verdade. Não é para menos; estratégia de relações públicas é algo sofisticado, de que uma organização lança mão quando já está “quite” com outras obrigações sociais e mercadológicas. É como sempre digo, em minhas palestras: “na infância das organizações, propaganda; na adolescência, assessoria de imprensa; e na maturidade, cidadania corporativa – objeto direto de uma abordagem de relações públicas”. Escolhi escrever sobre essa mudança de percepção nessa minha primeira participação por aqui, porque justamente este ano – em que completo 30 anos de RP – publiquei livro, “website” e vídeos para levar a visão de RP para aqueles negócios pequenos e médios – como são muitas clínicas e consultórios – e para os próprios profissionais da área de saúde e pesquisadores do campo, hoje mais conscientes da necessidade de cuidar de sua reputação, para além de sua imagem.

Reconhecimento-relacionamento-relevância-reputação

Analogamente aos 4 Ps do marketing (produto-preço-praça-promoção), proponho uma leitura diferente: os 4 Rs das relações públicas – uma abordagem mais compreensível da atividade, a partir de demandas muito conhecidas: reconhecimento junto à sociedade, relacionamento com públicos-chave, relevância no mercado e a construção de uma boa reputação; ou seja, resultados que todo mundo quer, para si, individualmente, ou para o seu negócio.

1) Reconhecimento em seu meio social

O reconhecimento é uma propriedade – da pessoa pública ou da organização – que significa pronta identificação por seus públicos de interesse (os chamados “stakeholders”), como distinta, única, e ser assim reconhecida pela sociedade em geral, o conjunto maior desses públicos.
Há quatro táticas específicas que podem auxiliar personalidades ou gestores na obtenção do reconhecimento. Cito duas:
  • identidade bem desenhada e bem executada, desde a escolha do nome de fantasia até a aplicação da marca no dia-a-dia operacional: viaturas, uniformes, escritórios, “website”, propaganda etc.
  • imagem de marca – sobretudo para pessoas físicas, em que não há uma "embalagem", uma "sede", ou seja, elementos acessórios identificáveis. Trata-se de construir a "persona" do indivíduo – médico, dentista, cientista, atleta, artista etc. – em termos de comportamento e modo de se comunicar.

2) Relacionamento com públicos-chave

Matéria-prima das relações públicas, o relacionamento de uma organização com seus públicos-chave é assunto que requer gestão especializada. Isto porque, por vezes, os interesses são antagônicos entre dois ou mais grupos reunidos sob o comando de uma mesma organização. Exemplo: grupo de empregados sindicalizados e grupo de gestores.

Tratar de grandes questões corporativas (tais como a instalação ou o fechamento de uma unidade fabril, ou fusão com/compra de um antigo concorrente) diante de públicos diversos é matéria para ser trabalhada com muito planejamento. É proibido improvisar. Duas das quatro táticas mais consagradas no relacionamento: a preocupação primordial com o público interno – aquele que tem o direito de ser "o primeiro a saber" e a ouvidoria, uma função que "faz as vezes" dos segmentos externos de públicos que "têm o direito de saber", representando-os internamente.

3) Relevância no mercado concorrencial

Atingir relevância é manter uma imagem institucional sólida e destacada. Além de um discurso básico uníssono, é essencial ativar a comunicação em torno de atitudes tais como patrocínios adotados ou eventos realizados, dois tipos de ação, entre quatro, que permitem repercutir valores, obtendo diferencial competitivo.

Para chegar-se a obter relevância, são necessários esforços de comunicação cuidadosamente desenhados. Sobressair, tornar-se diferente, e ficar acima da concorrência são demandas que exigem sintonia fina com a opinião pública.

4) Reputação - um ativo em permanente construção

Reputação deve ser tratada como ativo. É questão de longo prazo e baseia-se na manutenção permanente de uma eficiente comunicação institucional – aquele tipo de comunicação em que a pessoa ou organização "fala de si", fora do discurso administrativo ou "vendedor" – algo sempre consistente e alinhado à missão, visão e posicionamento mercadológico da organização.

Além da comunicação institucional, uma segunda tática – entre quatro – é o trato das chamadas "crises de imagem pública", algo muito discutido atualmente. Esse tipo de "incêndio", aliás, é o que comumente faz com que se lembre de relações-públicas e de assessores de imprensa. A ideia, nesse caso, é "salvar-se".

O tema tem sido objeto de artigos, muita consultoria, “media training” e workshops que muitas vezes não trazem benefícios reais para a organização ou para a pessoa pública, sempre vulnerável por um acidente, boato publicado na imprensa com estardalhaço ou uma queda repentina no valor de mercado, por exemplo. É preciso antecipar-se e adquirir um saldo de credibilidade do qual se possa "sacar" quando e se necessário.

Para mais informações

O artigo acima é baseado em meu livro “A transparência é a alma do negócio: o que os 4 Rs das relações públicas podem fazer por você”, um ensaio em que apresento o composto em que cada um dos 4 Rs subdivide-se em 4 táticas, num total de 16 frentes de ação em que o relações-públicas pode atuar com desenvoltura e auxiliar organizações e pessoas físicas já públicas ou necessitadas de maior visibilidade. Links: livro (www.conceitoeditorial.com.br), “website” e vídeos (www.rrpp.com.br).

Artigo publicado originalmente no blog CLINIMKT EM 19/07/2012.
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sábado, 15 de setembro de 2012

Vírus é com os biomédicos... não com este comunicólogo.


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No dia 12 de agosto passado, a partir da minha curiosidade acerca de mensagens, vídeos e campanhas ditas “virais”, postei, via 100 e-mails pessoais, link para o Spoof (“videoclip” (http://www.youtube.com/watch?v=pdo5wW2TE0s&feature=plcp) promocional do livro produzido pelo Cannal Z.

O livro “A transparência é a alma do negócio: o que os 4 Rs das Relações Públicas podem fazer por você”, como sabem os internautas que por aqui passam, foi lançado em 27 de março (http://marcondes-at-blog.blogspot.com.br/2012/03/nasceu.html), na internet, com uma estratégia sem eventos “físicos” (o evento na UERJ ocorrido em 17 de abril não estava planejado - http://www.youtube.com/watch?v=LdJMvEdDNdc&feature=plcp), os vídeos foram “ao ar” e este website, especialmente desenvolvido (www.rrpp.com.br) também.

Tudo corria como planejado, mas uma coisa ainda intrigava-me. Mesmo com toda uma campanha específica levada a cabo pela Mediterrânea Propaganda e Marketing Integrado, faltava uma tentativa mais “massiva”, se é que se pode falar assim hoje em dia. É só usar este termo para que alguém apareça dizendo que o mundo mudou. Nada mais é "de massa", mas sim para segmentos, fragmentos, nichos, "estilhaços" de público, tudo muito "customizado". Aqui do meu canto afirmo: nunca o mundo foi tão "de massa"; em matéria de produtos, serviços, comunicação etc. etc. etc.

Pois bem, o que se conseguiu?

No último dia 12 de setembro o “videoclip” fora acessado por 372 internautas. Este foi o resultado de um mês da ação: pouco mais de 12 acessos por dia. Ou seja, não "viralizou". Talvez devesse ter sido um vídeo mais tosco, mais engraçado, até mais curto (o máximo que conseguimos encurtar foi para 50 segundos), mas isso vai ficar para outra vez - ou para os "videocassetada-experts" do Faustão.

As considerações sobre o quê levou-me à ação estão lá, descritas no próprio "exibir mais" do vídeo no canal YouTube (http://www.youtube.com/user/MarcondesRRPP). Sobre o livro, visite: Conceito Editorial.

Valeu mais este aprendizado. Grato a todos que acessaram.
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