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Se um artigo quer ser mesmo "científico", cuidado com o uso do termo "endomarketing", porque - academicamente - isto não existe. Surgido em 1995, não tem significado em inglês - idioma em que supostamente se funda - e não foi objeto de construção teórica no âmbito acadêmico-científico. É uma "logomarca", "brasileira", apesar do nome "gringo", registrada por seu autor no INPI - Saul Bekin -, o que dá autoria e propriedade ao criador do termo, mas não dá legitimidade ao "conceito" de construto de "conhecimento" teórico.
Tupiniquins adoram...
Endomarketing existe só na 'praxis' de quem adota o conceito, sejam estudantes, leitores dos livros que ostentam o termo e, até, professores que difundem algo sem base acadêmica, o que é uma lástima - só mais uma "moda" que pegou. Seria melhor utilizar as inúmeras publicações - de real valor científico - sob a égide "Comunicação Interna" (207.000 entradas no Google Acadêmico).
Usar termos como este é algo válido no meio executivo, porque este ambiente - lamentavelmente - não presta muita atenção na Academia, no Brasil - o que considero falha grave das organizações. Essa doença, infelizmente, vitima muitos brasileiros de boa-fé que pensam que é sério, e verdade, tudo aquilo que vem grafado em inglês e cujo autor tenha sobrenome estrangeiro.
Marketing orientado ao público interno - isto sim!
Estudos acadêmicos de autoridade nesta temática - do uso do arsenal de marketing no âmbito interno das organizações - são classificados internacionalmente sob o jargão "internal marketing orientation" (938.000 entradas no Google Acadêmico CONTRA 2.750 entradas para "endomarketing"), que traduzimos por "marketing orientado ao público interno". Se você utilizar textos e autores acadêmicos nesta linha, aí sim terá um produto que poderá ser chamado "científico" em mãos.
Saudações públicas relacionais.
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