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Toda profissão tem um propósito moral. A Medicina tem a Saúde. O Direito tem a Justiça. Relações Públicas têm a Harmonia – a harmonia social. (Seib e Fitzpatrick, Public Relations Ethics, 1995). In SIMÕES, Roberto Porto. Informação, inteligência e utopia: contribuições à teoria de relações públicas (2006).
Três anos de secretaria-geral no Conrerp1 ensinaram-me muita coisa. Sobre a profissão, sobre a própria formação - coisas que um RP professor, como eu, pode passar ao largo de toda a carreira, sem perceber - e sobre... gente. Sobre pessoas. No caso, sobre colegas relações-públicas.
O resultado foi altamente positivo. Mais registros que baixas - de pessoas físicas e jurídicas. Mais fiscalização e obtenção de mudanças em editais de concursos públicos. Mais esclarecimento, com mais informação para o público em geral - empresas, ONGs e entidades governamentais.
O principal legado - na opinião de todos os 14 "fortes" conselheiros - foi o que chamamos de "fiscalização inteligente". Uma fiscalização menos policialesca e mais educativa. Uma ação mais aproximativa e, aliás, mais condizente com a epígrafe aí acima. "Mais pública e relacional".
Registre-se, pois, o "letramento" que seguimos entre 07/01/2010 e 07/01/2013, no Conrerp1, o nosso A-E-I-O-U fundamental:
Aproximar - o Conselho Profissional de toda a sociedade, a qual desconhece o que sejam profissões regulamentadas em geral - e como este instituto age em favor da cidadania, protegendo-a de más práticas e de maus profissionais;
Educar - o próprio RP quanto a suas prerrogativas pelo fato de ter uma legislação específica para o exercício profissional, um Código de conduta Ética e o instituto legal do direito-dever da Responsabilidade Técnica;
Informar - entes estatais, empresas privadas e organizações da sociedade civil sobre o papel que os/as relações-públicas podem desempenhar, para muito além da assessoria de comunicação e organização de eventos;
Ouvir - sempre, tudo e todos, assumindo uma atitude de acolhimento, empatia, com um approach de ombudsman, ou seja, sendo advogado do colaborador e do cliente no seio da organização, estimulando o diálogo como a melhor forma de convivência e harmonização de contrários;
Universalizar - a ação institucionalizante do errepê e das RRPP. No Brasil, a comunicação institucional é mais difícil porque não se tem, ainda, universalizada, a noção de quão importante é - para o processo civilizatório - despersonalizar a política - tanto a pública quanto a privada - e institucionalizar a vida em sociedade.
Manoel Marcondes Machado Neto, Reg. 3474 - Conrerp1.
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