COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

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domingo, 21 de agosto de 2016

E o esperado aconteceu...

Milimetricamente de acordo com o planejado. O gringo nadador infanto-bagunceiro, metido numa confusão criada por ele mesmo no Brasil, contratara um especialista-fera em crises de imagem - um RP - coisa mais que comum nos EUA, onde nasceu a atividade... 
E o especialista contratado arquitetou rapidamente a ação de limpeza de barra de seu cliente, no limite das possibilidades: uma matéria para o Jornal Nacional (nem pensar noutro programa ou em outro canal), anunciada, como o foi, matéria derradeira sob a chamada 'Ryan Lochte, exclusivo, esclarece o que aconteceu e pede desculpas ao Rio de Janeiro e aos brasileiros'. 
Tudo foi detalhadamente executado; da cor do bem comportado cabelo à vestimenta, do tom de voz à altura do olhar, da postura humilde-descolada ao 'I am sorry' ensaiado ao final. O JN abriu a matéria mostrando o atleta-palhaço-arrependido chegando à sede da TV Globo acompanhado 'de seu novo assessor de imprensa'. 
Sabe quando a Redação da Globo vai chamar o RP de RP? Never! 
Como sabemos, enquanto na terra do Tio Sam, RPs cuidam apenas de 'media relations', aqui a jabuticaba 'assessoria de imprensa' é feita por coleguinhas-jornalistas em desvio de função (alimentando de 'stories' para os coleguinhas-na-função 'to tell'). 
O que é igual, aqui e la'? 
Traficar influência e obter da imprensa um determinado resultado esperado, ensaiado e muito bem pago (não em dinheiro, mas em matérias que deem audiência ao 'medium' escolhido) 'exclusivo' - como foi o caso. A direção de jornalismo e o reporter escolhido fazem seu papel - de 'escada' (claro que cabera' exclusivamente ao 'cliente' escala'-la). E a edição - coração e cérebro da coisa toda - entrega a matéria-limpeza-de-barra pedida e muito bem paga (a assessoria, bem entendido); e detalhe: exclusivamente voltada à audiência da Globo (que repetira' a matéria à exaustão - e isto também ja' esta' quantificado previamente) e a certos 'ouvintes' globais. 
Localmente, Ryan 'the monster of Mess' - como retratado por um jornal-tabloide estadunidense - continua alimentando sua fama... de bobo mimado e infantil, o que lhe rende alguma 'carreira' post-aposentadoria (tempo que ja' chegou para ele na natação).
E vida que segue na 'crise' de amanhã...
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