COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

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segunda-feira, 21 de julho de 2014

Muitas dúvidas, uma certeza: flexibilizar não! Por Júlia Gadelha Torres Furtado (*).


Valorizar os profissionais e não "flexibilizar" o registro profissional, aceitam o desafio?

Sou criadora do ‘evento’ (no Facebook) que quer lutar contra a flexibilização da profissão de relações-públicas. Criado em 2012, já conta com 1.500 participantes e tem incomodado quem luta pela flexibilização.


Já recebi questionamentos tipo:


- Quem é essa relações-públicas que está brigando contra a flexibilização? Algo por que estamos lutando há 15 anos?


- Será que ela não conhece a nossa história? Não leu sobre o assunto?


Não é verdade. Sou apaixonada pela minha profissão e nunca compraria uma briga sem conhecer o assunto, principalmente com o nosso Conselho, que admiro, e aprendi a valorizar. Ponto.


No entanto, penso que não é porque uma proposta é discutida há 15 anos, desde a Carta de Atibaia, que ela terá valor até hoje e não possa ser rediscutida. Afinal, quanta coisa mudou nesses últimos anos? E por que não reaprender sobre uma profissão que se redefine a cada dia?


Por que não discutir a valorização da profissão fazendo um bom diagnóstico que resultaria em ações com o único objetivo de melhorar a imagem da profissão, função que ninguém pode desempenhar melhor que nós mesmos?


Alterar a lei talvez seja um caminho. Ou, talvez, não. Mas acho inadmissível começarmos o debate a partir da premissa de flexibilização já!


Não dá!


O exercício da profissão de relações-públicas é privativa dos bacharéis na área, conforme previsto pela lei nº 5.377, de 11 de dezembro de 1967. Isso não pode mudar. E o Conferp foi criado para fiscalizar o exercício da profissão e punir os que atuam irregularmente, sem registro. Isso não deve mudar, em minha opinião.


Por que considerar que a nossa profissão pode ser exercida sem a formação superior específica? 
Coitado, então, de quem atua legalmente!

E temos centenas de matrículas abertas semestralmente em diversas faculdade do Brasil! Mexam-se estudantes!


Que tal abrirmos o leque de possibilidades de atuação dos profissionais diplomados ao invés de “abrir” nossa profissão para pessoas que não são bacharéis em Relações Públicas?


Vamos valorizar a prata da casa!


Alô, Conferp! Que tal juntarmos a experiência e o conhecimento dos profissionais tarimbados com as recentes experiências da nova geração? Aceita o desafio?


(*) Especialista em Gestão da Comunicação Institucional (Universidade Castelo Branco) e em Gestão Estratégica com ênfase em Pessoas (UFMG). Formou-se em Relações Públicas pela PUC-MG em 2003. Há oito anos é tenente relações-públicas da Força Aérea Brasileira e atua como Chefe de Comunicação Social em Belo Horizonte, além de ministrar aulas de Etiqueta Social e de Comportamento em Mídias Sociais na mesma instituição. Foi aprovada em primeiro lugar em dois concursos públicos para relações-públicas. Foi condecorada com a medalha do mérito Santos Dumont, do estado de Minas Gerais, pelos bons serviços prestados como RP da FAB.

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