COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

COMPOSTO "4 Rs" DAS RELAÇÕES PÚBLICAS PLENAS

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Qual é o problema - ainda - com RP ?

>
Entende-se o estado das discussões - velhas - em nossa área, hoje, pelos péssimos (há exceções, claro) "professores" colocados para ministrar as cadeiras de Ética, de Legislação, e de Direito da Comunicação. 

Como secretário-geral do Conrerp1 (07/01/2010 a 07/01/2013) senti isto na carne. 

As pessoas simplesmente desconhecem o ambiente jurídico-legal da área em que se... formaram!

Convido a todos a visitarem este site, o qual foi produzido a partir dessa minha experiência, em que eu era responsável por legislação, fiscalização, doutrina, jurisprudência e consultoria aos conselheiros analistas nos processos julgados em plenárias - quinzenais - do Conselho. 

Nós tivemos - e ainda temos alguns - problemas porque: 

(1) As profissões no país foram regulamentadas no período de exceção (a nossa, a de jornalista, a de publicitário, a de administrador - só para citar algumas mais próximas); 

(2) Os primeiros errepês estavam postados nas empresas para NÃO deixarem a imprensa entrar (o que hoje é exatamente o oposto); 

(3) Tínhamos que ter sido criados nas escolas de Administração (o primeiro curso chegou a ser dado na FGV), mas a ditadura inventou a tal da Comunicação "Social" (que aliás, e graças aos céus, não existe mais, desde setembro/2013, por decisão do MEC); 

(4) Nas escolas de Comunicação fomos sempre o curso 'patinho feio' (primeiro a ser descontinuado em crises, por exemplo), justamente pelos fatos descritos em (2) e (3); 

(5) Nossa filosofia de ação é - ou pelo menos deve ser - a da criação sueca "ombudsman" - ou seja - um membro do (ou pelo menos no) "board" a serviço do cliente, do público em geral e dos "stakeholders" em particular (e em nosso tosco Brasil, país antítese da Suécia, ainda vivemos num ambiente de barbárie humana, social e empresarial, infelizmente). 

Mas - sempre tem um 'mas' - escolhemos esta paixão, e só há um caminho de tornar a nossa - bela e querida - formação um processo real de profissão (no mercado e de fé): trabalhar, trabalhar e trabalhar; explicar, explicar e explicar; mediar, mediar e mediar; negociar, negociar e negociar - eternamente! 

Só assim se muda a cultura de uma organização, de uma comunidade ou de uma nação. 

Nosso caminho, pois, é um só - civilizatório. Não existem boas Relações Públicas onde não há Jornalismo (e um ambiente geral) livre, diverso, plural. Relações Públicas são filhas da democracia, da livre iniciativa, da liberdade de opinião e do apego à verdade. 

Fora disso, há só tráfico de influência, más práticas de comunicação institucional, e maus profissionais - e justamente para coibir isto é que somos uma profissão regulamentada. Com Código de Ética com força de Lei e Responsabilidade Técnica estabelecida por legislação complementar. 

Somos idealistas? SIM! E por isso, recomendo sempre a leitura do mais recente livro do meu 'guru', Roberto Porto Simões: "Informação, inteligência e utopia: contribuição para uma teoria de relações públicas".
>

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Mensagens postadas são de responsabilidade de seus respectivos autores.