Há exato 1 mês publiquei em minhas redes sociais uma CARTA ABERTA explicando as minhas razões para pedido de licença do cargo de conselheiro efetivo do Conferp.
Agora, com a publicação da Resolução Normativa 99 – 2019, creio que fica mais claro o espírito de minhas colocações.
Respeitando a suprema colegialidade das decisões, recolhi-me à difícil posição dissidente, algo que já havia sido demonstrado em duas plenárias. Figurar como alguém sempre ‘do contra’ em reuniões não me seduz. E preferi a saída constitucional que o Regimento Interno da Autarquia Federal faculta, tornando-me conselheiro suplente.
Sou, como costumo dizer, ‘RP desde 1978’ – primeiro ano de minha opção por um bacharelado de Comunicação Social (no então IPCS – Instituto de Psicologia e Comunicação Social – UERJ) com habilitação única em Relações Públicas. E não poderia assumir posição incoerente e contraditória em relação a todo um trajeto de mais de 40 anos em defesa do nosso bacharelado específico, de nossa Lei 5.377/1967, do Sistema Conferp-Conrerp (de 1969) como desenhado pela ABRP (de 1954), do nosso Código de Ética, e do instituto da Responsabilidade Técnica sobre a ‘informação de caráter institucional’ e ‘ensino de disciplinas de RP’ – únicas ‘atividades privativas’ nossas ao lado da supervisão de emissão de extratos de opinião pública – responsabilidade há muito perdida para as entidades do campo da Estatística.
Há coisas que precisam de ‘modernização’, sim. Mas há outras, pétreas, que precisam mais é de cumprimento e respeito.
Esta é minha análise frente à decisão de franquear a cursos ‘análogos’ o registro profissional de relações-públicas. Esta é minha opinião, a qual convive – sempre, democraticamente – com a dos que pensam diferente de mim.
LINKS AFINS
http://fac.unb.br/comunicacao-organizacional/ (Curso que não apresenta uma disciplina que mencione RP sequer)
OBS.: No mandato de Julia Furtado (anterior à gestão atual), atuei como Assessor de Relações Institucionais do Conferp e, nesta qualidade, acompanhei a diretoria executiva – em Brasília – a duas visitas ‘históricas’: (1) à UnB – para tratar do curso de Comunicação Organizacional; quando a mesma ignorou solenemente as nossas ponderações; e (2) ao MEC – para tratar do mesmo tema (vide dois links a seguir); igualmente sem sucesso. Diante disso, o que fazer? Continuar na luta ou capitular? A gestão Julia Furtado não capitulou. Já a atual, parece que sim.
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